domingo, 31 de agosto de 2008

Merda dos títulos

Os portugueses são excepcionais. Não estão minimamente interessados em conhecimento mas todos querem títulos. Eu sou o senhor tal… sou um gajo importante.

Desde que terminei o curso que os meus doentes e outras pessoas que me conhecem tem a mania de me chamar de senhor doutor. Eu digo sempre que o meu nome é Advogado do Diabo e dispenso títulos de doutores. Mas as pessoas parecem sofrer de orelhas mocas.

Decidi escrever este pequeno excerto de pura literatura protésica quando li uma reportagem sobre o novo amor do César Peixoto. Sabem de quem falo? É daquele gajo que andou a comer a boazona cujo nome nem lembro. Uma vez que me lembro do gajo e não me lembro do nome dela presumo que seja uma manifestação da minha homossexualidade latente.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pagar o seguro do carro

Lembram-se daqueles dias em que tudo corre mal? A mim costumam acontecer com frequência. A grande vantagem destes dias é que quando estou com um grupo de amigos eles têm sempre algo com que se rir.

Faz uns meses acordei com o som de chamada do telemóvel. Uma senhora de voz agradável avisava-me que era o último dia de pagar o seguro do carro. Mais um esquecimento mas nada de alarmante. Como ia ter uma frequência de Métodos e Técnicas in Vitro pensei que o melhor seria ir para a escola tirar umas dúvidas com uns colegas e depois usava a máquina Multibanco da escola para pagar o seguro. Nada de preocupante.

domingo, 24 de agosto de 2008

Escravos modernos: filhos de Deus ou filhos da Puta

Faz coisa de um ano começaram a sair noticias sobre portugueses imigrantes sujeitos à escravatura noutros países como Espanha e Luxemburgo. As pessoas eram presas e obrigadas a trabalhar horas a fio, sem condições, para receberem comida e doses consideráveis de porrada.

Outra forma de escravidão que tem assolado a Europa é a escravidão sexual, especialmente, proveniente dos países de leste. Mulheres são raptadas, vendidas, violadas e finalmente, ensinadas a prostituírem-se. Ainda há bem pouco tempo uma rede portuguesa que raptava mulheres em Portugal para as vender em Espanha foi desmantelada. Muitas das mulheres testemunharam os horrores que passaram, em tribunal. Os culpados foram presos e 2 anos depois já se passeavam livremente e ameaçavam as suas vítimas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Mulheres na tropa e outros direitos

Curiosamente ainda não conheci um homem que fizesse a tropa com mulheres e que fosse a favor da participação delas nesse tipo de actividade. Eu, pessoalmente, sou contra a presença de mulheres na tropa. Isto, porque, de todas as pessoas com que eu falei, parece dominante uma ideia. As mulheres têm tratamento privilegiado na tropa. Não são obrigadas a fazer o mesmo tipo de exercícios físicos com a mesma intensidade. Colegas meus falaram-me que algumas mulheres quando estavam cansadas pediam ao sargento para parar e ele permitia. Que nenhum homem se atrevesse a fazer o mesmo.

A minha opinião é esta: se as mulheres querem fazer tropa, então, que se sujeitem às mesmas privações que os homens. Levem nas trombas como eles, façam os mesmos exercícios físicos que eles. Aguentem a mesma pressão física e psicológica.

domingo, 10 de agosto de 2008

Fumadores nas esplanadas

Uma das coisas que mais gosto de fazer ao fim de semana é, após o almoço, pegar num livro e ir até à esplanada do café. Posso sentar-me, ler calmamente, apanhar um belo Sol de Fevereiro com aquecimento global, beber uma coca-cola e puxar de um belo cigarro. Sentir aquele travo de futuro cancro dos pulmões e dar um gole na minha futura úlcera péptica acompanhado por um belo livro que me vai cansar a vista é dos grandes prazeres que eu posso ter.

Neste Sábado, estava eu calmamente a dar umas passas quando vejo um vizinho meu abeirar-se da minha mesa. Dissemos olá, convidei-o a sentar-se, o que infelizmente, pareceu do seu agrado. Depois de abancar o cu na cadeira que devia ter ficado livre para eu continuar o meu percurso até à cegueira total, começámos a falar. Conversa puxa conversa e eu vou puxando pelos meus cigarrinhos.

Crónicas do Dom Juan Lusitano: dançar com brasileira mamalhuda

Existem umas festas que se fazem na capital lusitana, com música europeia, lá para os lados de Xabregas e Poço do Bispo. E como é evidente nenhuma festa na capital tem reconhecimento se não receber a minha visita. Eu sou o Joaquim Cortez dos pobres da capital.

Entre as várias damas que disputavam o lugar de professora de dança do vosso amigo, acabou por sair vencedora, uma brasileira podre de boa com um par de mamas descomunal. A gaja lá me ensinou as posições mais básicas e os passos de dança. Eu ia olhando para os meus pés enquanto contava os diferentes passos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ciência: Abertura de espírito e falta de imaginação - parte III

No fundo este é o método de trabalho pelo qual tantos cientistas são caluniados como “falta de abertura de espírito”. No entanto, até ao momento falei unicamente de uma visão ideal. No mundo real, os cientistas são pessoas que também possuem os seus níveis de crenças e que muitas vezes perdem objectividade científica.

Recentemente saiu uma crítica a um artigo científico onde se demonstrava a falta de eficácia da homeopatia. Essa crítica sustentava que os autores tinham sido induzidos pelas suas crenças em relação à homeopatia e que os estudos seleccionados mostravam que esta tinha obtido tão bom resultado quanto os medicamentos ocidentais.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Ciência: Abertura de espírito e falta de imaginação - parte II

Mas a ciência não é feita, somente, de ideias criativas. O fundamento existencialista da ciência está no método que utiliza para avaliar a validade dessas ideias. Já muitos cientistas tiveram novas ideias para contrapor à teoria da relatividade geral. Mas o método científico disse que essas ideias não correspondiam ao observado nem conseguiam prever ou explicar fenómenos tão bem quanto a teoria da relatividade geral.

É aqui que entra a tão famosa falta de abertura de espírito dos cientistas. Novamente falam-se linguagens diferentes. Para um astrólogo os cientistas têm falta de abertura de espírito mas para um cientista a questão é mais prática e pode colocar-se numa simples questão: consegue provar-se? Uma afirmação que não seja possível provar não tem valor científico. Por isso a ciência choca tanto com a teologia ou outros movimentos ideológicos que se baseiam em crenças que não podem ser comprovadas.

domingo, 3 de agosto de 2008

Ciência: Abertura de espírito e falta de imaginação - parte I

Muitos aderentes dos meios esotéricos e de abordagens mais esotéricas das medicinas complementares (homeopatia, passagem do Qi, astrologia, cartomancia, reiki, curas energéticas, curas espirituais, etc…) tem por hábito criticar a ciência pelo seu cepticismo relativamente a muitas das afirmações destas práticas. Entre as suas muitas criticas contam-se (1) a falta de abertura de espírito da comunidade científica e (2) diminuição de imaginação dos cientistas relativamente à imensa capacidade imaginativa dos proponentes de muitas destas correntes de pensamento.

Destas 2 afirmações, a segunda é aquela que se encontra totalmente errada e a primeira é bastante discutível. Mas comecemos pela segunda afirmação. Será que os cientistas têm realmente falta de imaginação? De criatividade? Para discutirmos este ponto de vista vamos fazer uma pequena experiência. Tente o leitor imaginar uma bruxa sentada no seu pau de vassoura a voar pela noite dentro (tipo remake de ET medieval!). O leitor conseguiu fazer isto? Ok. Vamos continuar. Tente imaginar pessoas com capacidades telecinéticas (mover objectos com o poder da mente), ou animais que falam, ou aparições de espíritos e deuses. Aposto que também conseguiu fazer isto.