quarta-feira, 30 de junho de 2010

Armas, Germes e Aço de Jared Diamond

No último artigo escrevi sobre um livro realmente impressionante; Revolução na ciência 1500-1750. Este artigo é dedicado a um livro que considero ainda maior. Existem alguns livros que me fizxeram sentir fazer parte de uma obra grandiosa, que de encheram de alegria enquanto os lia e tristeza quando os acabei de ler. “Quero mais… quero repetir” é o que nos passa pela cabeça, na presença desses livros. Um deles é esta obra absolutamente estupenda de Jared Diamond.

Jared Diamond é professor de Fisiologia na Universidade da Califórnia, Los Angeles, e um dos melhores escritores de divulgação cientifica. Na minha opinião, este é o seu melhor livro. Pergunto-me quando será possível aos alunos do secundário lerem este tipo de livros e poderem aprender com eles. Vencedor do prémio Pulitzer, este livro conquistou os críticos e todos aqueles que o leram.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Revolução Na Ciência 1500-1750

Esta é daquelas obras que se podem classificar como OBRIGATÓRIAS. Entre imensos livros bons existem alguns que atingem a imortalidade pela sua qualidade. São poucos os livros que o conseguem. Lembro-me de alguns como Armas, Germes e Aço (sobre o qual irei escrever), Diplomacia, A ideia Perigosa de Darwin, entre outros. Este é daqueles livros que numa escala de 0 a 5 receberia 7. É OBRIGATÓRIO, OBRIGATÓRIO, OBRIGATÓRIO.

Como o título do livro indica. O assunto abordado é a história da ciência ao longo de 250 anos ricos em descobertas e discussões acaloradas. Foi um dos períodos mais marcantes da história da ciência. Conhecer os seus personagens e os seus feitos, os campos de ideias sobre os quais se debatiam e pelos quais se debatiam, a criação de um espírito crítico e a interpenetração destes e outros factores é o doce sumo que este livro nos oferece.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Castings

Conseguem imaginar um casting tipo ídolos para um filme tipo call girl? Milhares de mulheres, mais o João Pedro, à espera de puderem mostrar os seus dotes em frente a um exigente júri? Mas para filmes como Call Girl ou os programas de televendas madrugada dentro, nunca vemos esse tipo de castings.

Nunca vemos filas enormes para esses castings. São castings tímidos. Se for um casting para os ídolos aparece uma fila enorme, se for para o call girl, as coisas resolvem-se no Ibis. Só uma câmara de filmar para mostrar aos amigos mais próximos e nem sequer passa em horário nobre.

Eu até sou capaz de imaginar um casting gigantesco para um novo filme português. Poderia chamar-se Call Girl – a vingança anal ou Call Girl – a fúria da senaita assassina. Mas não consigo ver todas aquelas belas raparigas com desejo enorme de serem actrizes fazerem fila, num espaço público, para um casting desses.

domingo, 20 de junho de 2010

Abertura de espírito e ausência de razão

Não raramente os cépticos são acusados de não terem abertura de espírito. Se um céptico não acredita que existe uma qualquer energia, dos planetas, que influencia o comportamento do ser humano é porque não tem abertura de espírito.

Se o céptico não acredita numa qualquer energia que circula no corpo e que não pode ser medida, com a a tecnologia actual, mas pode ser aprendida a sentir-se em qualquer workshop de fim de semana então é porque não tem abertura de espírito. As mesmas acusações são feitas quando se atacam coisas como a leitura das cartas, milagres religiosos, água com memória ou qualquer outro disparate.

Pedir provas de que funciona e pedir provas que sustentem a explicação dos fenómenos são, para muitas pessoas, uma demonstração de falta de abertura de espírito. Para muitos crentes (seja na religião ou em tretas new age) não aceitar sem questionamento é uma falta de abertura de espírito.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O dilema da Alexandra Solnado

Ao escrever o texto sobre o 5º argumento de William Lane Craig a favor da existência de Deus acabei por usar a Alexandra Solnado como exemplo. Isto levou-me num “voo sensitivo” pela net até encontrar o seu site.

Acabei numa página que mencionava os sintomas dos problemas espirituais[i]. A autora parece confundir sintomas com doenças. Ignorância científica é algo comum naqueles que muito ouvem a Cristo. Para a autora entre os sintomas de problemas espirituais encontram-se depressões, doenças psicossomáticas, doenças gerais (?), doenças psíquicas, etc…

Entre estas doenças, designadas pela vidência da autora como sintomas, fica-me na ideia doenças gerais. O que será que isto quer dizer? Significará qualquer doença? Um paciente com tuberculose ou uma simples gripe tem no fundo é um problema espiritual? O sintoma de “doenças físicas” parece indicar que sim.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Refutando William Craig - 4º argumento

4º ARGUMENTO

“The historical fact´s concerning the life, death and ressurection of Jesus imply god´s existence”

Para Craig existem uma série de factos acerca da vida de Cristo que provam que Deus existe. Não se compreende muito bem como é que Craig espera usar factos da vida de Jesus para provar que Deus existe quando a própria existência de Jesus está longe de ser um facto.

Jesus apresenta comportamentos muito desajustados ao longo dos evagenlhos, as histórias da sua vida, incluindo a resurreição são copiadas de outras religiões, existiam diferentes versões cristâs iniciais que nunca permitiram compreender bem quem era Jesus ou se realmente teria existido. Mas para Craig estes factos – e são factos – são de somenos importância. Nem se dá ao trabalho de os discutir.

domingo, 13 de junho de 2010

Refutando William Lane Craig - 3º argumento

3º ARGUMENTO

“objective moral values are plausibly grounded in God”

De acordo com Craig o naturalismo não tem bases para acções normativas. Ele afirma “nada é proibido tudo é permitido”. O relativismo do naturalismo implica que se um psicopata mata e viola não deve ser preso porque, na sua óptica não faz nada de mal. Também afirma que, dentro deste pensamento, não se pode condenar a Alemanha pelos crimes cometidos durante a 2ª Grande Guerra Mundial.

Craig, num daqueles momentos de lógica cómica, afirma:
-- se deus não existe, valores morais objectivos não existem
-- valores morais objectivos existem
-- logo deus existe

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Refutando William Craig - 1º argumento

1º ARGUMENTO

“a origem do universo aponta a existência de um criador transcendente”

William Craig inicia o seu discurso com o seu primeiro argumento. Numa fase inicial perde imenso tempo a mostrar que o universo não pode ser infinito. Mostrando que a ideia de um passado infinito parece absurdo. Leva a incoerências matemáticas e, citando vários cientistas de renome, mostra que a ciência afirma que o universo não é infinito.

O Universo teve um início. Depois Craig afirma que a ciência defende que o Universo surgiu a partir de nada e cita Anthony Kenny da Universidade de Oxford:

“a proponent of the big bang theory, at least if he is an atheist, must believe that the universe came from nothing and by nothing. But surely that doesn´t make sense.”

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Refutando william lane craig

Recentemente visionei uma discussão entre William Lane Craig, apologista cristão, e John Shook, ateu, intitulado “Será que Deus existe?”[i] Na apresentação de Willian Lane Craig ele afirma que “não existem boas razões para pensar que o naturalismo é verdadeiro”[ii] e, logo a seguir “há boas razões para pensar que o sobre-naturalismo é verdadeiro”[iii].


As razões para acreditar no sobre-naturalismo, uma realidade sobre-natural chamada Deus eram 5. Sumariamente elas eram:

segunda-feira, 7 de junho de 2010

lógicas religiosas

De certeza que qualquer pessoa que tenha discutido com crentes já se deparou com este tipo de argumentos. Felizmente que também se pdoe parodiar com eles. É uma espécie de deja vu tipo bernardo mota do portal ateu.

domingo, 6 de junho de 2010

O que um pai faz

É um pouco dificil comentar. O melhor mesmo é ver o filme, dos mais bonitos que já vi.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Aceleração quântica

Recebi esta mensagem pelo facebook. Não pude deixar de me rir com tamanha baboseira. No texto que se segue fala-se no Sol Central da Galáxia (é um buraco negro na realidade) e no ADN estelar (isto dava um nobel).

Os autores deste texto usam termos de neurociências, genética, física quântica e astronomia para darem uma aura (termo bem escolhido?) de credibilidade às suas fantasias. É interessante notar como os meios esotéricos procuram usar termos científicos para se credibilizarem quando na realidade são anti-ciência. É uma falha no seu pensamento.

Obviamente que quem acredita neste tipo de discurso dificilmente terá capacidade para notar nestas falhas. É também lamentável que existam pessoas a acreditar nestas mentiras e sonhos infantis pois só demonstra um gigantesco, quase assombroso (termo pouco cientifico), falta de educação científica.

Para já deixo-vos o texto para que se possam rir um pouco.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ajudai-nos Santo António

Ó meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Zé Sócrates
P'ra junto do Sá Carneiro

Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso

Para que tudo corra bem
E porque a viagem entristece
Faz uma limpeza geral
E leva também o PS

terça-feira, 1 de junho de 2010

Crença e felicidade

Existem duas criticas que se costumam fazer aos ateus: uma tem a ver com a falta de moral. Os ateus são vistos como amorais e o próprio nome, ateu, teve origem como ofensa. Chamava-se ateu a uma pessoa que se queria ofender. Historicamente os ateus foram perseguidos e discriminados em muitas sociedades devido ao facto da religião os considerar como pessoas sem moral. Actualmente, muitos países dominados pela religião, ainda perseguem ateus, como é o caso do Irão (o ateu é tolerado desde que não diga que é ateu ou que não faça grande alarido sobre isso).

Outra critica diz respeito à felicidade. A felicidade não é possível no ateísmo porque a vida depois da morte não existe. Este artigo dedica-se a desmontar este mito que é tanto anedótico como triste. A um leitor do portal ateu respondi: