O argumento teleológico é o velho argumento do desenhista que já foi refutado na Biologia. Falo do argumento do relojoeiro de William Paley (1743-1805). De acordo com este argumento quando se encontra um relógio no chão parte-se do princípio que houve um relojoeiro, ou seja, alguém que tenha construído o relógio. Da mesma forma quando se encontra uma pedra ou um animal sabe-se que alguém o deve ter construído. A este relojoeiro chama-se Deus.
Este é um argumento muito usado por criacionistas. E por outros cristãos que não se apercebem dos disparates nele contido. Um dos exemplos muito falados é o olho cujo funcionamento se deve a diferentes constituintes, que de forma separada não teriam qualquer propósito, ou função!
Infelizmente para este argumento, a Biologia está cheia de provas que o negam. Mesmo no que concerne ao olho. A teoria de evolução, e a selecção natural, mostraram que este argumento é totalmente falso.
O argumento teleológico ganhou força nos últimos anos porque se pode aplicar á origem do universo. Ou seja, não compreendemos totalmente o seu funcionamento, ou a forma como surgiu, e a partir disto os religiosos podem impor a sua resposta ignorante favorita: Deus.
No entanto estamos a impor Deus como substituto da nossa ignorância. Responder Deus ou Não Sei vai dar ao mesmo. Mas isto não pode ser usado como argumento. Nãos e pode dizer: “como não faço ideia, afirmo que foi Deus e através desta afirmação tenho o argumento que prova a sua existência!”
O pior cenário, para os religiosos, é que mesmo que tenha existido um criador do Universo não se pode dizer se foi Deus ou um qualquer extra-terrestre, doutro universo, numa experiência laboratorial. Uma coisa é certa: no que concerne à Biologia este argumento mostrou-se totalmente falso, e no que concerne à cosmologia mostra-se desnecessário! Parece que os melhores argumentos a favor da existência de Deus ou são falsos ou são inutilidades completas!
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