segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mandamentos de deus e moral III

Conclusão

Existem muitos cristãos que referem os 10 mandamentos como fonte base da sua moralidade. Efectivamente não o são. Não são 10 mandamentos (são muitos mais) e não são a fonte de moral de um cristão que viva numa sociedade democrática do século XXI.

A intolerância religiosa apregoada pelo Deus do Antigo Testamento, a defesa da escravatura, as leis discriminatórias, a aplicação ridícula da pena de morte, contrasta com a falta de princípios morais que protejam as mulheres, as crianças ou pessoas de outras fés (ou sem nenhuma fé!).

Os cristãos defendem os mandamentos de Deus porque fazem deles a leitura desleixada que mais lhes convêm, para se convencerem que a sua religião é a correcta… mesmo num plano moral. Mas efectivamente a maioria deles consideraria a escravatura das filhas como algo abominável.

Na defesa da sua moralidade cristâ, nenhum cristão vai defender a pena de morte contra alguém que usou o nome de Deus em vão. Porque os preceitos morais dos mandamentos de Deus são hoje vistos como um exercício do fanatismo irracional mais puro que existe. E efectivamente ninguém vai considerar a santificação do sábado como algo que seja moralmente relevante.

E fica então um grave dilema para resolver. A variação gigante que se observa das leis de Deus (aquele psicopata fanático do antigo testamento) e a moral do cristão actual são na verdade muito diferentes. Como conciliar isso com a defesa dos religiosos que a sua moral é baseada nos mandamentos de Deus e é, como tal, algo objectivo? Como conciliar isso com os ataques feitos à moral secular, uma vez que esta é culturalmente induzida?

O grande dilema dos cristãos é que defendem, na teoria, uma moralidade que não querem aplicar na prática porque os seus valores morais já foram, em boa medida secularizados. Mas sendo assim qual a necessidade de se agarrarem a um livro que, sob o ponto de vista moral, é manifestamente pobre, como seja exemplo disso mesmo a Bíblia?

2 comentários:

  1. Bom, bom seu advogado do lá de baixo, o problema todo é que crebtes e religiosos querem transferia pra alguem o que têm preguiça ou incapacidade de resolver, imputar a alguem a sorte ou má sorte de sua vida e estas coisitas mais.
    Fé é um negocio lucrativo, religião é narcotizante, não sei se empobrece ou se emburrece ou se é os dois juntos, mas seja lá como for, expande-se e arregimenta milhares de seguidores, numa dança de ramificações que a cada dia entendo menos, e acho que fazem pra não entender mesmo, afinal, o nome do pai, do filho e dos milhõe$ de santos e "anti-santos"(se não é o santo é a prenda ou a água milagrosa) agradecem, porque seus cofrinhos a cada dia ficam mais abarrotados....de fé genuina, "(e)videntemente" vendida no varejo a peso de ouro.

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  2. ora bem... agora disseste tudo. O que interessa mesmo são os cofrinhos.

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