domingo, 15 de agosto de 2010

Mãos workaholic...

Tenho andado sem conseguir ter sexo e tenho decepcionado imensas mulheres que já gritam pelo fim do mundo. Segundo alguns oráculos budistas quando eu chegar à 13ª mulher sem conseguir ter sexo o mundo acaba.

E já lá vão algumas. Preciso mesmo de ajuda profissional. Já fui ao médico e ele aconselhou-me viagra. Isso só veio agravar o problema. Eu vou tentar explicar-vos a minha aflição.

O meu problema não é falta de vontade. Nem de capacidade. Ao contrário do leitor eu sou muito macho. O meu problema é diferente. Nunca vi nada semelhante e nem na literatura médica vem descrito problema parecido. O meu problema… como é que hei-de dizer isto?

Creio que a forma mais simples de me expressar é abordar o problema em forma de interrogação: Porque é que Deus me deu 2 mãos com vocação para a punheta intensiva? Esse é o meu problema. As minhas mãos são workaholic. Já tentei dialogar com elas de várias formas.

Ameacei que não lhes pagava horas extra.

“horas extra, o caralho” – responderam-me. “Isto não é um emprego é uma vocação!”

Fiquei lixado e tentei uma abordagem mais amiga do trabalhador. Ofereci férias e, em completo desespero, privilégios de professor. Sim, falo de folgas aos fins de semana com mais 1 ou 2 dias de folga por semana e férias durante o verão, natal e Páscoa. Também prometi um aumento do número de feriados. Achei que devia falar com as minhas mãos como se fossem trabalhadoras da função pública.

Infelizmente nada funcionou. Conclui que as minhas mãos além de workaholics são também arraçadas chinesas. Não tiram férias, não gozam feriados e trabalham aos domingos. Agora compreendo porque tenho os dedos em bico. As minhas mãos quando não besuntam o macaco jogam bilhar de bolso. São idealistas há procura da perfeição na sua arte. E quem se fode… ou melhor dizendo; quem não se fode sou eu e mais umas tantas gajas. E o fim do mundo cada vez mais perto. As minhas mãos são o barro com que o artista esculpe a escatologia histórica.

Até a dormir eu apanho as minhas mãos a tocarem à sarapitola. Parece que tenho mel em determinadas partes do corpo. As minhas mãos não largam e as mulheres choram enquanto desesperam. Uma noite, indignado com a ousadia das manápulas, perguntei:

“ o que estão a fazer?”

“ Estávamos a tentar bater uma em silêncio.” – responderam – “ Tão bom, 10 minutos de silêncio, sem gemidos, sem choros… que maravilha. Tinhas tu de acordar.”

O meu zequinhas já protesta:

“Assim eu não consigo funcionar com as mulheres. Estes gajas estão sempre a dar cabo de mim. Eu também gosto de 10 minutos de silêncio… em boca alheia e lavadinha!” Infelizmente o meu zequinhas, eu próprio e as mulheres portuguesas estão a ver-se privados dos seus direitos básicos devido ao monopólio capitalista de um pequeno lobbie.

Ainda tentei colocar uma mão contra a outra. No entanto, parece que trabalham, as duas, em concluiu, numa economia paralela à margem da sociedade civil. Presumo que seja a versão punheta do crime organizado. É o que dá ter mãos worhaholic.
IMAGEM 1 - Este tipo de trabalho escravo, usando imigrantes ilegais, coloca em risco o trabalho das minhas mãos pelo que o Advogado do Diabo é oficialmente contra as redes de tráfico humano

4 comentários:

  1. Não é só o seu estilo que eu admiro é tambem os temas que escolhe, tão velhinhos neste caso, porem tão actuais. Até os erros lhe perdoo porque sei que a sua cabeça está sempre ocupada com os problemas do macho em geral e do tuga em particular. Este problema de as mãos governarem em regime de ditadura, imporem a sua vontade (delas) e lutarem contra a dita dura, dura há muito tempo, foi o flagelo de muita geração perdida. O zequinhas protesta inocência mas é cúmplice, gosta da sua (dele) profissão de mineiro mas detesta o capacete, prefere a mineração a céu aberto, e não gosta do são convívio. O lamentável resultado é o que se sabe; há cada vez menos zequinhas a fazer o trabalho de campo e cada vez mais malandros a brincar às gaiolas; disso se ressente e muito a produtividade nacional.
    Mas isso é problema da sua geração! No meu tempo éramos procurados pelas nórdicas à procura de enriquecimento cultural, agora é uma vergonha, o macho lusitano passou a animal mítico.
    Ilustríssimo senhor, fica aqui o apelo: o tempo urge, mãos à obra! Ai... as mãos não! Essas ponham-nas atrás das costas!
    Parabens por trazer à colação tão premente problemática, disto não se fala nos jornais, disto não se ocupa o governo, com isto não se preocupam os oftalmologistas, "é o país que temos..."
    É caso para aplicar o habitual remate que tanto o popularizou, mas não o quero plagiar uma vez mais.

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  2. Que papo doido é esse Abelzão, diz logo que o cara é um punheteiro inveterado e pronto, o cabra por aqui quando não dá mais no couro, se agarra a solitaria e depois vem com o papo furado de mãos desobedintes.
    Foda-se, quem nunca bateu uma ou bate quando vê aquele avião que tu não pode embarcar? ou então aquela mulher que so de tu olhar arrepia do dedão do pé até a raiz do fio cabelo e as mãos já vão direto pro "falecido".
    Tá parece uma donzela pisando em braseiro.O don Juan não tá fazendo jus ao nome é punheteiro viciado assumido e pro caralho o resto.

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  3. rsssssssssssssss
    O Dom Juan que se defenda ou chame o Advogado; mas olhe que ele tem boas credenciais, veja só as Crónicas dele...
    Está só a passar uma fase difícil... heheheh

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  4. de qualquer modo, Sérgio, o problema em portugal é sério, a população não aumenta!!!
    a malta d'agora coita mais do que nunca, mas não assume responsabilidades e quem se coita é o país; o estado fala em fomentar a natalidade mas fornece camisinha de borla! ora foda-se.

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