terça-feira, 22 de abril de 2008

A Hipótese Espantosa: busca cientifica da alma

“Este livro versa sobre o mistério da consciência e de como explicá-la em termos científicos. Não sugiro uma solução imediata para o problema. Gostava de o poder fazer, mas, para já, isso parece-me bastante difícil. É certo que alguns filósofos vivem na ilusão de que já conseguiram resolver o mistério, mas para mim as suas explicações não tem o toque da verdade científica. Aquilo que aqui tentei fazer foi esboçar a natureza geral da consciência e apresnetar algumas sugestões sobre o modo como a estudar experiemtalmente. Proponho uma determinada estratégia de investigação e não uma teoria desenvolvida na sua globalidade. Aquilo que pretendo é saber exactamente o que se passa no meu cérebro quando vejo qualquer coisa.

Alguns leitores sentir-se-ão desiludidos com esta abordagem, já que, por uma questão de táctica, descura deliberadamente muitos aspectos da consciência que gostariam de ver discutidos – em particular uma eventual definição. Não se ganham batalhas procurando discutir com precisão o que é que se quer dizer com a palavra batalha. É preciso ter boas tropas, boas armas, uma boa estratégia e, então, atingit duramente o inimigo. O mesmo se aplica no caso da resolução de um problema científico difícil.

A mensagem deste livro é a de que chegou a altura de pensar cientificamente sobre a consciência (e na sua relação, se é que existe alguma, com a hipotética alma imortal) e, mais importante ainda, a altura de começar um estudo experimental da consciência de um modo sério e deliberado.”
Prefácio, pág. 13-14

Franvis Crick recebeu o Nobel da Medicina, em 1962, pela co-descoberta da estrutura molecular do DNA, juntamente com James Watson. Físico e químico de formação, foi professor e investigador no Salt Institute de La Jolla, na Califórnia.

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