Existem algumas pessoas, que eu, sinceramente, não compreendo. Parece que tem a mania das grandezas e que são capazes de fazer todas as coisas ao contrário dos outros.
Um tipo faz bunge-jumping e começa a gabar-se de como é difícil e da adrenalitica sensação de estar a cair. Quando alguém diz que gostava de experimentar ouve a resposta: "epá nem tentes que não és capaz". Porque é que outra pessoa não será capaz de fazer o mesmo?
Outro tipo passa por uma aventura um pouco rocambolesca e decide contar a história como se fosse um grande herói. E acaba a história com um: "vocês não iam gostar nada. Acreditem, nem sei como me safei, vocês não se safavam". Ou, então, alguém lhe diz que gostava de ter passado pelo mesmo e ele lá vem com a lenga lenga do costume: "não eras capaz. A sério a cena é mesmo tramada. Nunca te safavas."
O único grupo de pessoas, que eu suspeito, não gostem deste tipo de discurso, são os homossexuais. Reparem que quando um homossexual fala de relações anais e ouve outro tipo a dizer que gostava de experimentar ele nunca responde: "epá não eras capaz. A sério a cena é muita tramada". Não. Ele está logo disposto a ajudá-lo nessa aventura.
Já imaginaram um homossexual dizer a um pretendente a homossexual: "epá é uma cena mesmo à frente. Eu consegui mas tu não consegues. A sério, é mesmo lixado, não te metas nisso!"? Como tal cheguei à conclusão que a mania que nós somos capazes quando todos os outros são uns incapazes é um defeito ligado à heterossexualidade (provavelmente genético!).
Se repararem um tipo diz: "comi aquela gaja". E outro responde: "eu também gostava de a ter comido". O que é que ele diz? Exactamente o que estão a pensar: "nem penses nisso meu. A gaja é uma granda cama, não ias ser capaz" ou então afirma algo do género, "esquece, a gaja é areia demais para a tua camioneta." Se fosse um homossexual combinava um ménage à trois e ficava o problema resolvido.
Sem comentários:
Enviar um comentário