sábado, 16 de maio de 2009

Existem raças? - parte I

Recentemente deparei-me com um livro bastante interessante mas que a certa altura afirmava que as raças humanas não existem. Que são construções sociais. Assim se em vez de dividir-mos os grupos humanos por cor de pele os dividíssemos por altura ou por peso teríamos raças diferentes das actuais. Talvez esta afirmação esteja correcta e as raças não sejam mais do que construções sociais. Mas se assim é façamos uma outra pergunta: porque é que um médico patologista olhando para 3 esqueletos diferentes consegue dizer qual deles pertence a um oriental, a um caucasiano ou a um negro? E já que estamos a falar de ossos façamos outra pergunta: porque é que um dos factores de risco na osteoporose é pertencer à raça caucasiana e/ou asiática?

A Sociologia na sua determinação romântica de explicar o ser humano como construção social acaba por se tornar incapaz de dar resposta a muitas questões relativamente ao ser humano (esta incapacidade deve-se ao facto de não ser a única ciência com capacidade de compreender o ser humano). Isto porque essas questões são mais complexas do que à primeira vista parecem. Para a Sociologia a questão de raças está baseado nas diferenças de pele o que é falso. A pele é só mais uma das muitas diferenças. E por diferente eu não compreendo inferior ou superior mas somente adaptado a ambientes diferentes.



Poderão as diferenças ósseas serem uma construção social? Como se compreende que a maioria da raça negra que é mais pobre e está mais mal alimentada tenha uma maior densidade óssea que os caucasianos ou os asiáticos? Talvez devêssemos ir falar com os médicos e dizer-lhes que as raças são construções sociais e, como tal, o seu conhecimento dos factores de risco da osteoporose apresenta-se completamente errado.

O que acontece é que uma das marcas distintivas de raças que a Sociologia não consegue compreender está nas diferenças de densidade óssea. Os negros têm uma densidade óssea muito grande ao contrário dos asiáticos e dos caucasianos (mesmo mais bem alimentados). Isto poderá ajuda a explicar o sucesso dos negros em desportos como boxe ou basketebol e o seu insucesso em desportos como natação (ossos mais pesados debaixo de água não ajudam muito)? Uma cavidade torácica mais pequena (apesar de terem mais massa muscular) também pode ajudar a explicar o sucesso e o insucesso dos negros nos diferentes desportos? Mas existem outras diferenças grandes.

A forma do nariz é diferente dos negros para os caucasianos e asiáticos por exemplo. O nariz dos brancos tem vias aéreas mais finas e não tão largas como os negros. Porquê? Porque os nossos pulmões gostam de ar quente e húmido. Na medida em que a nossa espécie se mudou para ambientes mais frios, o nariz estreitou para aquecer o ar. E é na adaptação a diferentes ambientes que as diferentes raças se começam a modelar. As raças são definidas assim devido a diferenças que se foram definindo ao longo de milhares de anos devido a diferentes pressões evolutivas.

E quanto à cor da pele? O aumento de melanina na pele protege dos raios UV provenientes do Sol. Na medida em que a força desses raios é mais baixa os níveis de melanina tem, necessariamente, de baixar. É que a pele ainda tem uma outra função: produzir vitamina D. E produz vitamina D expondo-se à luz solar. Por isso apanhar Sol (não em demasia) é importante. Sabem o que acontece a um negro, nascido em África, que se mude para a Suécia, onde os raios UV são muito mais fracos? Exactamente isso. Começa a sofrer de falta de vitamina D. Os raios UV não são fortes o suficiente para passarem a camada de melanina e produzirem a vitamina D.

4 comentários:

  1. ” O TEMPO É O PAI DE TODA A COR”

    como á dia tambem á noite
    como á o calor tambem á frio

    * o mundo está completo*
    existem
    varios grupos raciais de pele branca e preta
    até os asiaticos tem pele branca.
    O chamado caucasiano
    é uma pessoa com a imagem tipica
    do nativo europeu
    mas seus os olhos
    e os cabelos são escuros…
    normalmente
    surgem nos paises latinos como grecia , italia , frança espanha e portugal,
    nos paises arabes e nos paises do norte de africa . estão na
    fronteira entre africa e o continente europeu. O
    caucasiano como o indiano etc… são grupos derivados
    do Amor entre os dois povos
    que são os arianos legitimos nativos europeus
    com a grandiosa AFRICA
    ATENÇÃO se alguem não quizer aceitar esta explicação bem simples
    vão ao google earth e vejam onde fica jerusalem…
    dai parte
    todos os credos e os cruzamentos do mundo inteiro

    O AMOR VENCE O MUNDO

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  2. Obrigado pela explicação. :)
    Pelo que conclui acho que a existência ou não de raças depende da maneira como as pessoas entendem o conceito de raça. As raças não existem, quando se trata de julgar as pessoas pela raça, pela sua cor da pele, pela forma do crânio ou do nariz, pois somos Todos Diferentes, Todos iguais. Mas considera-se a existência de raça quando os grupos sociais utilizam esta categoria para se definir, se compreender, estruturar sua organização social e se relacionar com outros grupos sociais.

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  3. De notar que aqui coloco em causa o conceito de raça enquanto construção social uma vez que existem imensos factos biológicos que não se enquadram nessa explicação. Como explicar raça enquanto construção social quando existem diferenças anatómicas a nível ósseo? Será isso construído socialmente? Então os brancos que vivem em sociedades negras deveriam ver a sua estrutura óssea alterada tal como as pessoas que os rodeiam. O problema de base nesta discussão está relacionado com as diferentes constribuições de várias ciências para o estudo de um fenómeno e a incapacidade dessas ciências cruzarem dados e criarem teorias assentes nesses dados.

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  4. Novamente, boa noite. lol
    quando o termo raça apareceu pretendia fazer a diferença entre pessoas consideradas superiores e inferiores. nicialmente essas diferenças eram assentes no estudo da cor da pele e da forma do crâneo. Considerava-se que os negros possuiam um crâneo mais parecido como o do macaco e que seriam, por isso, um elo evolutivo. Os brancos obviamente seriam a raça superior.
    É evidente que não existe nenhum estudo cientifico que diga que alguns grupos de seres humanos são “superiores” a outros. Mas existem diferenças entre grupos humanos. O problema é que raça ficou com uma conotação muito pejorativa. Ninguêm gosta de usar o termo. Muito menos as ciências sociais – creio que será uma forma de negarem o seu demónio passado -.
    Evidentemente que a existência de raças é um problema bastante discutido na comunidade cientifica. Face aos meus conhecimentos creio existirem provas suficientes para defender essa posição. No entanto não é uma certeza cientifica. Ninguêm lhe pode dizer se existem raças ou não. Creio que muitas pessoas que diozem que não existem raças estão a falar a sério. Da mesma forma quando eu defendo a existência de raças falo a sério. Outro aspecto importante a considerar é que se existem diferenças anatómica,s quase de certeza que existem diferenças psicológicas e sociais. H´+a estudos que defendem que os negros são mais propensos à violência. Se isto é provocado pela maior quantidade de testosterona ou por factores sociais é algo que gera discussões bastante acesas.

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