Existem raças? - parte II

Há outras diferenças grandes entre as raças que não se restringem à cor da pele. A força física, os pelos do organismo, hormonas sexuais, características sexuais secundárias, a forma das ancas, a acumulação de gordura na cintura (a famosa bunda das mulheres negras), etc… existe toda uma vasta gama de diferenças entre negros, caucasianos e asiáticos e são essas vastas diferenças que definem raças (isto não significa que não exista uma grande variabilidade dentro de uma mesma raça. Para tal basta comparar nórdicos com eslavos e latinos). Mas encontram-se mais semelhanças entre esses diferentes grupos de uma mesma raça do que se encontram entre diferentes raças.

Algumas pessoas pensam que se dividíssemos as pessoas por altura tínhamos novas raças. Enganam-se porque em média os negros são maiores que os caucasianos e os caucasianos mais altos que os asiáticos. E o que vale para o corpo todo também vale para outras partes. No fundo o negro, o caucasiano e o asiático não são mais que seres humanos extremamente bem adaptados a ambientes diferentes.



Sei que o problema não é tão simples quanto possa parecer à primeira vista. Por raça entende-se uma sub espécie, ou seja, uma variação dentro da mesma espécie. Regra geral essa variação implica uma variabilidade genética. E o mesmo não é observado (consoante os olhos de quem olha!) nos seres humanos. Existe maior variabilidade genética na África subsariana do que existe entre europeus e africanos ou entre europeus e asiáticos. No entanto, a variabilidade genética não é o único factor a ter em conta.

Por outro lado a variabilidade genética existente na África subsariana não é verificada, por exemplo, no norte de África. Na realidade a grande variabilidade genética existente na àfrica subsariana pode muito bem dever-se ao facto de nós sermos provenientes dessa região do globo. O que indica que existem trocas genéticas há mais tempo nessa região do planeta do que em qualquer outra parte.

Face a muitos estudos que existem defendo a existência de raças. Também sei que é um pouco difícil falar sobre estes assuntos sem sermos afrontados pelo espectro do racismo. Não devemos esquecer que o termo “raça” apareceu para se explicar a ordem natural das coisas numa altura em que o negro e o asiático eram vistos como “raças inferiores”.

Actualmente há estudos sobre a inteligência e força física das diferentes raças. Muitas vezes, estes estudos são criticados como uma nova forma de racismo e xenofobia. Uma forma de dar validade cientifica às nossas crenças de superioridade social e moral face a outros povos. Num espectro mais fundamentalista diz-se que é uma forma de mostrar que a raça caucasiana é superior à negra e asiática o que daria validade cientifica a muitos movimentos de inspiração neo-nazi. No entanto, os estudos actuais mostram que sob o ponto de vista físico a raça negra é superior à caucasiana e à asiática. E sob o ponto de vista cognitivo a raça asiática bate todas as outras. Onde está, então, a supremacia da raça caucasiana?

Por outro lado, ao contrário do que afirmam muitos grupos, as diferenças de inteligência que possam existir (se realmente existirem) entre diferentes raças não são suficientes para explicar o sucesso e o insucesso das diferentes sociedades humanas. Outros factores extra humanos como a geografia, climatologia, animais domésticos, plantas de cultivo, etc… parecem ter um maior impacto no surgimento das sociedades humanas do que as supostas diferenças de inteligência.