sexta-feira, 5 de setembro de 2008

ESTRUTURA DAS MEMBRANAS BIOLÓGICAS - PARTE II

Além dos fosfolípidos ainda existem mais 2 tipos de lípidos na membrana celular. Falo do colesterol (sim o tão afamado colesterol que tanto medo mete às pessoas) e dos glicolípidos.

O colesterol é essencial para a manutenção estrutural da membrana celular. Sem colesterol a membrana desfaz-se. É o colesterol que garante a continuidade estrutural da membrana e a não existência de roturas. Tem também um papel importante na fluidez membranar, uma vez que realiza os movimentos flip-flop mais facilmente que os fosfolipidos. A presença do colesterol permite à membrana suster a sua estrutura e ganhar fluidez. O excesso de colesterol diminui a fluidez membranar e daí ser um perigo tão grande para a saúde pública. Outra particularidade curiosa é que o colesterol só existe nas membranas celulares eucariotas. Não se encontra presente nas procariotas (aí está algo que nos devia fazer sentir especiais).

Resumindo podemos dizer que o colesterol:
1 – está presente nas células eucariotas
2 – evita rotura da membrana e aumenta flexibilidade
3 – efectua movimentos flip-flop (facilita compressão e extensão da membrana)
4 – reforça impermeabilidade da membrana à água
5 – diminui a fluidez da membrana


Finalmente temos os glicolipidos. Estas moléculas só existem no folheto externo da membrana celular (logo não tem capacidade de movimento flip-flop). Funcionam como receptores específicos da membrana e podem ligar-se a componentes da matriz intercelular ou outras células.

As proteínas são de extrema importância. Se por um lado a membrana define os limites celulares e separa o meio intracelular do meio extracelular ela não pode impedir a célula de fazer trocas com o ambiente circundante. Caso a célula não consiga fazer trocas metabólicas, morre.

Uma vez que as caudas hidrofóbicas da bicamada lípidica impedem a passagem de água a célula tem de arranjar outra forma de fazer as tão desejadas trocas metabólicas. A questão que se coloca é: como pode a célula fazer trocas metabólicas com o exterior mantendo uma identidade própria (necessária à sua existência) com esse meio extracelular? A resposta é simples. Através de proteínas intercaladas ao longo da bicamada lipídica.

No entanto, as funções das proteínas não terminam aqui. As proteínas também são usadas como receptores membranares que passam informação à célula do que se passa no seu exterior e são as proteínas as principais responsáveis pelas ligações célula-célula.

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