segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Diminuir o desemprego e a despesa pública

Como poderíamos diminuir o desemprego e a despesa pública, face à crise actual? Existem factores que o nosso governo não consegue controlar e que afectam o crescimento da nossa economia. No entanto, existem outros factores que o governo já pode controlar. Na minha opinião, a crise portuguesa deve-se mais à falta de compreensão desses factores intrínsecos à cultura e economia portuguesa do que aos factores extrínsecos.

Uma boa forma de diminuir o desemprego seria diminuir o número de trabalhadores imigrantes. Sem esses trabalhadores o número de postos de trabalho, certamente iria aumentar.

Quando falo em diminuir o número de imigrantes foco-me, principalmente, em imigrantes com baixos níveis de formação académica e aqueles que ainda não tem família formada. Imigrantes com filhos deveriam ser incentivados a ficar e receber condições para criar o filho em segurança.

De seguida, devia-se encaminhar portugueses para esses postos de trabalho. No entanto alguns problemas podem surgir, nomeadamente, o facto dessas pessoas poder estar a ganhar mais dinheiro no fundo de desemprego.

Não é justo ganhar 800 euros no fundo de desemprego e ser obrigado a aceitar um emprego diferente onde o vencimento não ultrapassa os 600 euros. Essa pessoa deveria ser obrigada a aceitar o trabalho mas com 2 condicionantes: (1) recebia do fundo de desemprego o dinheiro em falta – 200 euros neste caso – e (2) ficava no topo de lista quando encontrassem uma vaga no tipo de competências próprias.

Desta forma diminuía-se o número de desempregados e o estado poupava 400 euros. Obviamente que não é satisfatório, para um enfermeiro por exemplo, deixar de dar aulas e começar a servir num bar. No entanto, enquanto o estado não arranjasse uma colocação a esse enfermeiro, ele poderia trabalhar no bar a receber o ordenado do bar e o restante do seu vencimento anterior e ficaria no topo de lista de espera para novas colocações.

Na falta de vontade de muitos desempregados aceitarem determinados tipos de empregos, perderiam direito ao subsídio de desemprego. Quantas pessoas se recusam a fazer determinado tipo de trabalho no seu país de origem e depois imigram para ir fazer outra coisa pior noutro país? Existem determinados trabalhos que nós consideramos indignos e que só podem ser feitos por imigrantes. Esse tipo de mentalidade deve acabar. As pessoas devem escolher entre fazer trabalho X num país ou noutro mas o estado não pode permitir que elas não façam nada e fiquem a receber regalias provenientes dos trabalhadores. Uma das grandes fontes de despesa pública vêm dos subsídio-dependentes que não querem trabalhar mas desejam continuar a receber vencimento e regalias.

E se existir necessidade de trabalho e não se conseguir arranjar trabalhadores? Em vez de aproveitarmos mão de obra ilegal, procuramos contratar imigrantes legais no seu país de origem. Só deveria ser permitido a um trabalhador aceitar empregados com permissões especiais. A falha no cumprimento dessa directiva deveria ser altamente penalizada. No nosso país as inspecções não são feitas e as multas são inexistentes ou fracas. O crime compensa. De tal forma que vemos no telejornal trabalhadores ilegais a protestar devido à escravatura a que são sujeitos.

Através das suas embaixadas, o governo, poderia contratar mão de obra directamente no país de origem. No entanto, esta mão de obra seria temporária. Após concluído o trabalho, os trabalhadores deveriam voltar ao seu país de origem. Caso os trabalhadores fossem convidados a ficar deveria dar-se atenção a pormenores decisivos para essa escolha (e.g. níveis de escolaridade, agregado familiar, antecedentes criminais). Por exemplo, deveria dar-se prioridade a pessoas com altos níveis de formação e com agregados familiares sólidos do que a pessoas com baixos níveis de formação académica e agregados familiares desfeitos.

Estas estratégias permitiriam diminuir a taxa de desemprego, diminuir a despesa pública, aumentar a riqueza pessoal, melhorar as condições de vida de imigrantes, melhorar a economia de países exportadores de mão de obra e aumentar o crescimento económico nacional.

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