quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E se o Ronaldinho fosse mau profissional

Este texto destina-se a leitores com capacidade de reflexão sobre temas polémicos. Ontem publiquei um texto que falava sobre Mourinho e as críticas feitas pela comunidade islâmica. Nem de propósito no mesmo dia em que publiquei um texto sobre a forma como os mullahs exploram casas de prostituição no Irão.

Este texto serve para questionar o profissionalismo dos atletas de alta competição que prejudicam os seus próprios clubes para seguir determinadas tradições religiosas. Muntari foi substituído por Mourinho porque este achou que o jogador estava muito cansado devido ao Ramadão. Outros atletas referiram que deixaram de fazer o Ramadão porque esta prática os deixava muito cansados.

A minha questão é esta: o que aconteceria se os clubes processassem os jogadores que fizessem o Ramadão ou que incluíssem cláusulas nos contratos em que estes ficariam obrigados a não cumprir o Ramadão com pena de multa?

Neste momento alguns leitores são capazes de ficar um pouco indignados pelo parágrafo anterior. Vamos agora supor outra coisa: Ronaldinho passa as noites na discoteca o que prejudica o seu rendimento atlético. O Ronaldinho é um bom ou mau profissional por isso? A fama de Ronaldinho não é positiva, exactamente, pelo facto dele passar tempo demais nas discotecas. E se ir à discoteca fosse parte da sua religião?

E se ir à discoteca fizesse parte das crenças religiosas do Ronaldinho? Será que ele merecia ser castigado por esse comportamento? Será que ele merecia todas as críticas da massa associativa? Será que eu teria o direito de escrever este texto a criticar o seu comportamento pouco profissional? Muntari não dá rendimento porque a sua religião não o deixa alimentar-se correctamente e Ronaldinho não dá rendimento porque passa as noites na discoteca.

A pergunta que eu deixo ao leitor é simples: Qual destes atletas é que é um mau profissional?

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