Quando se dá um acidente, as pessoas param, não para ajudar mas para ver. As revistas cor-de-rosa fazem milhões a vender os supostos defeitos dos outros. Tudo o que é negativo ou mau chama a nossa atenção (com provável excepção do electrão – que não é mau mas sempre tem carga negativa). No fim do século fala-se do fim do mundo: vende mais a ideia do fim do mundo do que a ideia do mesmo mundo… talvez um pouco melhor daqui a uns anos.
O aquecimento global não foge a esta regra. Aquecimento global é um termo que se faz acompanhar de um discurso holocáustico, tal como a nova idade do gelo tão publicitada nos anos 70 (sim, em pleno aquecimento global). Nós focamo-nos nas coisas negativas e não sabemos analisar até que ponto elas são más ou se também existirão benefícios.
Com o aumento das temperaturas no Verão, em particular, no infernal Verão de 2003, o número de pessoas a morrerem devido ao excesso de calor bateu todos os recordes. Discursos catastróficos nasceram espontaneamente e justificações políticas foram exigidas em vários países do velho continente. O culpado, sem dúvida, seria o aquecimento global.
Porém, ninguém referiu que morrem mais pessoas devido ao frio extremo que ao calor extremo. Nenhuma boa alma mencionou que o aquecimento global se fazia sentir mais no aumento das temperaturas do Inverno do que no Verão e que isso iria ter implicações sérias na diminuição da taxa de mortalidade. Tirando uns bravos heróis como Lomborg ou Lewis ninguém foi capaz de dizer que morrem menos pessoas com o aumento das temperaturas do que com a sua diminuição ou a sua estabilização.
Falar do aumento das temperaturas é dizer que o mosquito da malária vai poder reproduzir em mais locais culminando num planeta infestado mortalmente pela malária. Mencionar a descida das temperaturas, como nos anos 70, é aclamar aos 7 ventos o fim da agricultura e a escravidão das necessidades humanas às crueis grilhetas da fome.
No entanto, ninguém afirma: “olha que bom, a temperatura vai aumentar, logo a agricultura vai sair beneficiada e vamos ter mais alimento” ou “bem, com as descidas de temperatura, o mosquito da malária vai ver a vida complicada”. Com o aumento da temperatura não se fala de agricultura e com a diminuição da temperatura não se fala de malária.
No fundo, o que interessa é manter as pessoas num estado de medo, de terror. Num estado que as faça comprar muitas revistas e jornais. Vendemos a verdade e a objectividade científica ao preço de tuta e meia. Correcto será certamente também dizer que no fundo essas informações só servem para alimentar o nosso desejo de ver as coisas mais negativas.
bem visto; nunca tinha visto estas coisas por esse prisma (logo eu q sou tão culto e inteligente)
ResponderEliminarNós no inferno procuramos sempre compreender as coisas pelo aspecto negativo. Por isso compreendemos tão bem estas questões. lol
ResponderEliminarai o inferno fica em Lis lis lis, f.se, na capital? já desconfiava; mas começo a gostar dos lis lis lis, f.se, dos mouros; revoltados, disfuncionais, fabricantes de pérolas sexuais, anti-clericais, científicais e outras coisas mais; nós, os Turduli Veteres, somos assim, respeitamos o inimigo.
ResponderEliminarSupostamente os mouros deveriam vive no Alasca. Foi esse o horário escolhido no blogger e era isso que fazia parte do nosso disfarce.
ResponderEliminarpresumo que alguns mouros, além de mouros também sejam broncos...
O que te safa Advogadozinho é eu gostar das tuas piadas e do teu sorriso malandro.
beijão
Alguêm meteu a pata na poça. hehehehehehe
ResponderEliminarUi sorriso malandro... hoje vai haver festa lá por casa... hehehehehe
beijão maninha e prepara bem a janta para amanhâ. Tenho de ir desfolhar crica virginal, preciso estar bem alimentado.